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Políticas de Inclusão e Medidas Educativas:

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Comentário

Olá a todos,

Gostei das interrogações retóricas da colega Carla. Realmente, quando não sabemos, porque não procuramos o saber? Quando não conseguimos ajudar um aluno a ter sucesso, porque não modificamos atitudes, estilos. Acho que as mentalidades são a principal barreira. São barreiras para um problema que é de todos.E penso que temos, todos, muito medo de sentir esta impotência que é a de não saber como ajudar, como chegar ao Outro. Sou professora e, se não gostasse de saber -estava bonito, estava!! No meu curso também não foram abordadas questões do foro das dificuldades de aprendizagens e/ou problemas do desenvolvimento. Uma vez fiz um pequeno curso de Língua Gestual, mas como não pratiquei, esqueci. No meu quotidiano, a maior barreira que tenho encontrado prende-se com a má vontade aliada à burocracia. A ignorância dos problemas dos alunos e a irrelevância que se dá às problemáticas, nomeadamente às dificuldades de aprendizagem específícas. Este ano, por exemplo, vi depararem-se problemas relacionados com a realização de exames nacionais. As condições especiais são tão criteriosas e deixam de fora alunos que beneficiariam de sucesso se não houvesse tanta burocracia. Depois há o problema comunicacional entre os ministérios. Os médicos não sabem o que queremos e nós não sabemos o que eles fazem. Pede-se um relatório médico, com o objetivo de esclarecer a problemática ao Júri Nacional de Exames e chega-nos uma mera declaração a dizer que é seguido em determinada especialidade. Má comunicação, pouco espaço nestas áreas para estarmos sentados e definirmos que quem diagnostica são os médicos e que os documentos não podem ter critérios administrativos.Mas é um problema ainda maior porque sou docente e tenho à minha responsabilidade intervenções educativas que se pressupõem, sejam de sucesso. Uma intervenção que poderá contribuir para promover potencialidades. Competências essas que, muitas vezes têm um timing para a intervenção porque depois já será demasiado tarde. Muitas vezes com demoras de recursos humanos tudo terá já alcançado o comprometimento, o sucesso e o desenvolvimento que se pretendia. E muitas das vezes é a burocracia que impera. A educação é uma área complexa, sobremaneira quando interagimos com crianças e/ou jovens portadores de necessidades educativas especiais. Já sabemos que aprendemos mais facilmente com o afeto, ora quando lemos cada decreto-lei, apesar de o sabermos impregnado de algumas preocupações, não o conseguimos aplicar na prática, infelizmente. Então como ainda não se modificaram atitudes e mentalidades por decreto, apraz-me dizer que quanto mais associações existirem, a pressionar e a dar testemunho, mais serão reconhecidas as problemáticas e o conhecimento da população em geral. De que serve existirem decretos que protegem se depois não existem estruturas que ajudem, do ponto de vista monetário, as famílias que têm filhos que precisam deste tipo de intervenções, dos cuidados dispendiosos, desgastantes e intensivos?? Só é um direito, se quando detetadas as problemáticas, o apoio à família estivesse sempre lá. A requerimentos e a fazer prova de tudo, os pais desesperam e os docentes também.

Filomena Menezes

 

MOOC Inctec

2014

 

 

Inclusão e Acesso a Tecnologias

Módulo I

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